O filme francês "O artista", o grande favorito da 84º cerimônia de
entrega do Oscar no domingo, em Los Angeles, espera coroar sua lua de
mel com Hollywood sendo agraciado com a estatueta de melhor filme diante
a fina flor do cinema americano, um feito inédito para um filme
não-anglo-saxão.
Após declarar o seu amor por Hollywood, o filme mudo e em preto e
branco de Michel Hazanavicius espera colecionar algumas premiações da
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que indicou o filme em
dez categorias, logo atrás de "A invenção de Hugo Cabret" de Martin
Scorsese, citado onze vezes. "O artista" foi indicado para melhor filme,
diretor, roteiro, ator principal (Jean Dujardin), atriz coadjuvante
(Bérénice Bejo), trilha sonora, edição, fotografia, figurino e direção
de arte.
É a primeira vez que um filme francês recebe tantas indicações. E, caso
"O artista" ganhe a estatueta de melhor filme, será a primeira vez na
história do Oscar, que sempre concedeu o prêmio mais cobiçado da noite a
obras anglo-saxônicas.
O Oscar coroa a temporada de prêmios cinematográficos nos Estados
Unidos e no mundo, largamente dominado até agora pelo "O artista",
laureado com três Golden Globes, sete Baftas (Grã-Bretanha), um Goya
(Espanha) e vários prêmios profissionais americanos, além das 5
indicações no Spirit Awards do cinema independente, que aconetecerá no
sábado.
Pelo Oscar de melhor filme, "O artista" enfrenta filmes americanos de
peso: "Cavalo de guerra" de Steven Spielberg, "A invenção de Hugo
Cabret" de Martin Scorsese, "Meia-noite em Paris" de Woody Allen, "A
árvore da vida" de Terrence Malick, além de "Tão perto e tão forte",
"Moneyball - O homem que mudou o jogo", "Os descendentes" e "Histórias
cruzadas".
Durante uma noite que contará com um fantástico número de acrobatas do
Cirque du Soleil, foram convidados para abrir os envelopes
personalidades como Ben Stiller, Bradley Cooper, Penelope Cruz, Angelina
Jolie, Cameron Diaz, Tom Cruise, Tom Hanks e Jennifer Lopez.
Quanto aos atores, Jean Dujardin,
muito bem quisto por Hollywood, não terá uma missão fácil: vai competir
com George Clooney e Brad Pitt. No lado feminino, Meryl Streep pode
transformar em estatueta a sua 17ª indicação - um recorde em todas as
categorias - por interpretar Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro", a
menos que Glenn Close, que nunca foi premiada, leve a melhor por seu
papel em "Albert Nobbs". Viola Davis, o rosto principal do filme
"Histórias cruzadas", também é uma séria candidata.
O Oscar para os atores coadjuvantes devem ir para o veterano canadense
Christopher Plummer, de "Toda forma de amor", e Octavia Spencer, por
"Histórias cruzadas", os dois atores ganharam todos os prêmios de
inverno em Hollywood.
Quanto ao Oscar de melhor filme estrangeiro, todos os presságios
antecipam uma vitória do filme "A separação", sucesso internacional sem
precedentes para um filme iraniano, já premiado em todo o mundo. Depois
de Eddie Murphy - que não quis apresentar o Oscar depois que o produtor
Brett Ratner foi rejeitado pela Academia por causa de comentários
homofóbicos -, é o veterano Billy Crystal que vai estar no controle da
noite, na esperança de apagar da memória a cerimônia maçante de 2011.
Já o teatro que recebe a cerimônia foi rebatizado após o desastre da
retirada no último minuto do patrocinador Kodak, por caso da falência.
Agora não é mais o "Kodak Theatre", e sim "Hollywood and Highland
Center", o nome do centro comercial adjacente.
Fonte: www.g1.globo.com
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