O tucano defendeu que o candidato do PSDB deve ser escolhido por meio de
prévias. Esta é a primeira manifestação pública de Serra sobre a
possibilidade de se candidatar.
“Hoje comunicarei por escrito à direção do PSDB de São Paulo minha
disposição de disputar a prefeitura de São Paulo", disse Serra.
“Sempre fui favorável às prévias para a escolha do candidato a prefeito do PSDB. E delas pretendo agora participar”, afirmou.
As prévias do PSDB para definir o candidato do partido à Prefeitura de
São Paulo estão marcadas para o próximo domingo (4) e o prazo para
inscrições já expirou.
Quatro tucanos estavam inscritos, mas dois já desistiram em favor de
Serra. O secretário estadual de Cultura, Andrea Matarrazzo, e o
secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, abriram mão da disputa. O
secretário estadual de Energia, José Aníbal, e o deputado federal
Ricardo Tripoli, seguem como pré-candidatos.
A executiva municipal do PSDB deve se reunir nesta terça (28) para
tentar adiar as prévias para o dia 11 de março e tentar viabilizar o
ingresso de Serra na disputa.
Um debate entre os pré-candidatos do PSDB está marcado para esta segunda, às 19h30, com transmissão ao vivo pela internet.
Segundo a última pesquisa Datafolha, Serra é o nome do PSDB com mais
chances de vencer as eleições de outubro na capital. Ele tem 21% das
intenções de voto. Entretanto, ele também é dono de um alto índice de
rejeição (33% dos eleitores dizem que jamais votariam nele).
Estratégia
A entrada de Serra, que no início do ano afirmou que não disputaria
eleições em 2012, muda completamente o cenário político que se desenhava
para as disputas municipais de outubro e também a corrida presidencial
para 2014.
A aliança na maior cidade do país entre PT e o PSD do prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab, articulada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, não deve acontecer. Kassab, que foi vice de Serra quando
tucano comandou a prefeitura paulistana entre 2005 e 2006, já declarou
apoio ao tucano.
Assim, o PT, que terá o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, como
seu candidato, terá que rever seu leque de alianças. Um dos alvos deve
ser o PMDB, que pretende lançar o deputado federal Gabriel Chalita.
Haddad tem apenas 5% das intenções de voto, segundo a última pesquisa
Datafolha.
A possível candidatura de Serra em São Paulo também fortalece as
articulações do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) e do
senador Aécio Neves (PSDB-MG) para 2014. Alckmin deve tentar a
reeleição. Aécio, o Planalto. Desde a derrota para Dilma Rousseff em
2010, Serra nunca escondeu o desejo de tentar concorrer mais uma vez à
Presidência da República em 2014 (ele também foi candidato em 2002,
quando perdeu para Lula.
Fonte: www.folha.com.br
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