O Brasil registrou em 2011 redução da incidência de tuberculose, quarta
causa de mortes por doenças infecciosas no país. Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (25), em Brasília, mostram redução de 3,54% nos casos da doença em todas as regiões do país.
Segundo o ministério, foram, no ano passado, 69.245 casos de
turberculose no Brasil, contra 71.790 no ano anterior - a primeira vez
em que o país registra menos de 70 mil casos em um ano. Nos últimos 11
anos, diz a pasta, a taxa de incidência caiu 15,9%.
Foram, em 2011, 36 casos da doença para cada 100 mil habitantes em todo
o país. A região Norte registrou a maior proporção de casos: 45,2 para
100 mil habitantes. Sudeste, com a maior redução, saiu de 40,6 para
37,6. Nordeste (35,9), Sul (33) e Centro-Oeste (22) também registraram
redução.
A taxa de mortalidade, calculada com base em 2010, teve redução
nacionalmente: foram 2,4 mortes para cada 100 mil habitantes naquele
ano. Em uma década, representou redução, conforme o ministério, de
23,4%. Em 2001, eram 3,1 mortes para cada 100 mil habitantes.
Em cerimônia no Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha
afirmou que municípios que conseguirem reduzir a incidência de
tuberculose e de mortes em decorrência da doença podem receber mais
investimentos. Ressaltou que o acompanhamento e a taxa de cura da doença
é componente de índices de avaliação dos serviços de saúde do governo e
lembrou que bom desempenho nessas avaliações é decisivo para esses
repasses.
"Os indicadores de tuberculose eles entram em todas as políticas de
avaliação que o Ministério da Saúde desenvolveu, sobretudo aquelas
políticas que podem significar incentivos financeiros para estados e
municípios, como o IDSUS [índice de avaliação do SUS, divulgado no
início do mês]", disse Padilha.
O Brasil, no entanto, ainda não alcançou o patamar recomendado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) de curar pelo menos 85% dos casos
identificados. Em 2010, o índice de cura no país foi de 70,3%. Em 2009,
73,5%.
Prioridades
Os alvos prioritários do governo, segundo o ministério, são populações
em situação de rua, carcerária, indígena e pessoas com HIV/Aids. Entre
os casos notificados em 2010, 10% eram desse último grupo.
O ministério recomenda realização de teste anti-HIV em todos os
pacientes em que forem diagnosticados com tuberculose. Também em 2010,
apenas 60,1% das pessoas que fizeram o teste para tuberculose
realizaram, concomitantemente, teste para o vírus da Aids.
Fonte www.g1.globo.com
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