O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp,
afirmou nesta terça-feira (13) que 20 mil bolsas de intercâmbio entre
Brasil e Estados Unidos nas áreas de química, física, matemática e
engenharias estão previstas nos editais já programados para os próximos
quatro anos pelo governo. Disse também que o governo deve ampliar o
programa de cooperação entre os países a partir do desenvolvimento de
novas áreas de pesquisa.
Segundo Raupp, o governo pretende firmar acordos para três novas áreas
de programas de cooperação: nanotecnologia de informação (inovação na
indústria), tecnologia da informação e comunicação e biomedicina e
ciência da vida. Raupp ressaltou que já na semana que vem haverá uma
videoconferencia entre os países para tratar de trabalhos em
biomedicina.
Segundo o ministro Raupp, "as propostas feitas pelo Brasil foram bem
recebidas pelos EUA" na terceira Reunião da Comissão Mista Brasil-EUA de
Cooperação Científica e Tecnológica, que aconteceu em Brasília, nos
últimos dias 12 e 13. Serviu, segundo ele, para "incrementar nossas
atividades de ação com os Estados Unidos da América".
Ciência sem FronteirasO programa Ciência sem
Fronteiras foi tratado como um "programa irradiador", que estimula o
intercâmbio de pesquisadores e estudantes aos Estados Unidos da América
para estimular a base de geração de conhecimento científico. "A
internacionalização do conhecimento é absolutamente desejável", disse
Raupp.
Segundo o ministro, devem existir, para isso, "políticas públicas de
estabelecimento de infraestrutura laboratorial e desenvolvimento de
talentos, como professores universitários".
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do
Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, falou de ações
práticas do programa Ciência sem Fronteiras para o controle de desatres
naturais do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais (Cemaden). "A Defesa Civil brasileira vai se beneficiar na
questão da resposta preventiva e pós-desastre", afirmou.
O Cemaden, que monitora e emite alertas de risco de tragédias naturais,
está em funcionamento desde o início de fevereiro. O objetivo é alertar
a população com a maior antecedência possível sobre eventuais tragédias
naturais.
O Conselheiro Científico da Casa Branca, John Holdren, falou sobre como
alavancar a parceria que já existe entre Brasil e Estados Unidos em
relação aos desastres naturais. "Deve haver a previsibilidade,
reparação, resposta e recuperação. Haverá workshops, em conjunto, de
capacitação, de sistemas de localização geográfica e de centros de
reparação emergencial". Para o conselheiro americano, haverá o melhor
"monitoramento e mensuração dos oceanos, do ciclo hidrológico e de
mudanças climáticas".
Mulheres na ciência
John Holdren falou da participação das mulheres na ciência. "Sem dúvida
as mulheres representam metade das populações em muitos dos nossos
países, mas elas não são metade de todas as produções científicas, há o
subaproveitamento das mulheres", afirmou.
Segundo o ministro Raupp, a presidente Dilma Rouseff já havia
manifestado grande interesse ao presidente dos EUA, Barack Obama, quando
de sua visita ao Brasil em abril do ano passado, sobre o projeto de
intercâmbio entre ambos os países. Segundo Raupp, a comissão também
serviu como subsídio para preparação da visita de Dilma aos EUA, que
acontecerá em abril deste ano.
De acordo com as assessorias do Ministério da Ciência e Tecnologia e do
Ministério das Relações Exteriores, a Comissão Mista foi criada pelo
“Acordo Relativo à Cooperação em Ciência e Tecnologia”, em vigor desde
1986. Suas duas primeiras edições foram realizadas em 2006 e 2009.
Fonte: www.g1.globo.com
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