Pelo menos cinco palestinos morreram nesta segunda-feira (12) em novos
bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, de onde foram disparados mais
de 30 foguetes contra o território de Israel, em uma espiral de
violência que preocupa a comunidade internacional.
Desde o início dos confrontos, na sexta-feira, 23 palestinos morreram e 70 ficaram feridos.
Um homem de 65 anos e sua filha de 35 faleceram em um ataque aéreo
israelense no campo de refugiados de Jabaliyah, ao norte da Faixa de
Gaza.
Além disso, entre os mortos desta segunda-feira está um adolescente de
15 anos que foi atingido por um ataque aéreo ao norte, segundo o
porta-voz do serviço de emergência de Gaza, Adham Abu Selmiya.
O Exército israelense negou ter executado um ataque aéreo nesta
segunda-feira na região e afirmou que 31 foguetes e obuses foram
disparados a partir de Gaza e atingiram o território israelense. Sete
foram interceptados por um sistema de defesa antifoguetes.
Durante a noite de domingo, a aviação israelense bombardeou áreas de lançamento de foguetes palestinos em Gaza.
Abu Selmiya afirmou que pelo menos seis ataques atingiram o território
palestino, dois deles contra o campo de refugiados de Jabaliyah, onde 33
pessoas foram feridas, especialmente crianças.
Uma porta-voz militar israelense confirmou ataques contra um depósito
de armas e contra quatro instalações de lançamento de foguetes no norte
da Faixa de Gaza, e uma no sul.
O general Yoav Mordejai, porta-voz do Tsahal (Exército israelense),
afirmou que "até o momento Israel efetuou ataques cirúrgicos".
"Todos os alvos eram terroristas, à exceção de uma criança que se
aproximou de um local de lançamento de foguetes da Jihad Islâmica",
disse.
O general Mordejai acusou a Jihad Islâmica, um movimento radical
apoiado pelo governo iraniano que dá prioridade à luta armada, de ter
escondido armas procedentes fundamentalmente do Irã em uma casa que foi
atacada pela aviação israelense. A explosão atingiu uma casa vizinha e
30 pessoas ficaram feridas.
Segundo o comandante israelense, o Hamas "não dispara, mas fecha os
olhos" para as atividades da Jihad Islâmica e dos Comitês de Resistência
Popular (CPR), outro grupo que defende a luta armada.
A Jihad Islâmica prometeu em um comunicado que seu braço militar "continuará com as operações, independentemente do preço".
"À escalada nós responderemos com a escalada", afirma a nota.
O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, previu em comunicado no
domingo que ainda levará vários dias para o fim da violência, e o
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o seu país
atacará fortemente os militantes que lançarem foguetes contra suas
cidades.
O ministro israelense de Assuntos Estratégicos, Moshe Yaalon, afirmou
que o ciclo de violência "continuará até que a outra parte (os
palestinos) compreenda que não deve abrir fogo".
"Se a calma reinar do outro lado, também reinará do nosso".
Yaalon descartou no momento uma operação israelense de grande envergadura, por não considerá-la necessária.
Também negou uma negociação com o Hamas, mas confirmou que o grupo
recorreu ao Egito para tentar obter uma trégua com o Estado israelense.
A explosão de violência, provocada pela eliminação seletiva do chefe
dos CRP, Zuheir al-Qaisi, preocupa a comunidade internacional.
Nesta segunda-feira teve início em Nova York uma reunião do Quarteto
(Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) para tentar retomar o
processo de paz.
Fonte: www.g1.globo.com
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