A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira
(29) que o governo brasileiro entrou em contato com o Irã para saber
quais motivos levaram à prisão naquele país do pastor evangélico Youssef Nadarkhani.
“Nós já temos feito contato com nosso embaixador no Irã, o Itamaraty
também tem feito contato pra saber efetivamente qual é a causa da prisão
e levar os nossos posicionamentos sobre a defesa dos direitos humanos”,
disse a ministra nesta manhã após participar de um evento no Palácio.
O iraniano Nadarkhani, 33 anos, converteu-se do islamismo para o
cristianismo aos 19 anos e três anos depois, já pastor evangélico,
fundou uma pequena comunidade cristã na cidade de Rasht, a noroeste de
Teerã. Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica, e
recebeu a sentença máxima: morte por enforcamento.
Gleisi vai se reunir nesta tarde com parlamentares da bancada
evangélica no Congresso, que pedem intervenção do governo brasileiro no
caso. Às 13h30, ela receberá o deputado federal e pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) no Palácio do Planalto.
A ministra da Casa Civil afirmou que o ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, deve elaborar um relatório detalhado sobre
o caso. “A gente tendo isso [o relatório], vai ter uma manifestação
formal, possivelmente do Itamaraty”, disse a ministra.
A chefe da Casa Civil disse ainda que o Brasil “não tem pretensão de
ser intermediador” entre o pastor e o Irã e afirmou que o Planalto foi
procurado por membros da comunidade evangélica, que pedem ação do
governo no caso.
“Nós fomos procurados por um grupo de pessoas, de parlamentares da
comunidade evangélica, pra que nós pudéssemos saber o que está
acontecendo e também pudéssemos ajudar e manifestar solidariedade,
manifestar a posição do Brasil em relação a isso”, disse.
Fonte: www.g1.globo.com
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