Socorristas resgataram vivos nesta quarta-feira (11) os nove mineiros
presos há seis dias a 250 metros de profundidade em um túnel horizontal
de uma mina de cobre clandestina no sudeste do Peru.
Os mineiros começaram a sair caminhando da mina um por um junto com os
socorristas a partir das 7h no horário local (9h de Brasília), portando
cada um deles cobertores e óculos escuros para se proteger da luz do
sol.
Um dos mineiros saiu caminhando com dificuldade e usando máscara de oxigênio.
Os resgatados são Jacinto Pariona, de 59 anos, e seu filho Roger
Pariona, de 32, Félix Cucho Aguilar, de 41, Edwin Bellido, de 34, e os
irmãos Santiago e Juan Taipa, de 22 e 23 anos, respectivamente. Além
deles, também foram retirados da mina Carlos Huamaní, de 47 anos, Jesus
Capatinta Raymi, de 35, e Julio César Huayta, de quem não há outros
dados.
O presidente Ollanta Humala
e os familiares receberam os homens na entrada do túnel da mina de
cobre de Cabeça de Negro, cenário do drama vivido no Peru desde a última
quinta-feira (5).
Uma bandeira peruana foi hasteada junto ao túnel por um grupo de
mineiros que participavam no resgate. Durante o período soterrados, os
homens receberam oxigênio e líquidos através de uma tubulação.
A mina de cobre tinha sido abandonada na década de 1990, mas sua
entrada não foi dinamitada como exige a lei, e desde então os chamados
mineiros informais trabalhavam no local sem as adequadas condições de
segurança.
A mina se encontra fechada entre altas colinas, desérticas e
pedregosas, que fazem com que a distância ao primeiro centro povoado não
possa ser percorrida pelas ambulâncias em menos de três horas.
Humala, que foi ao local acompanhar a fase final do resgate na noite de terça-feira (10), informou então que haveria uma demora de "algumas horas" para o resgate dos homens.
"Houve alguns contratempos devido à estrutura de uma rocha, teremos que
esperar mais algumas horas", disse o presidente ao sair do túnel da
mina Cabeça de Negro, onde os mineiros estavam retidos.
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